quarta-feira, 13 de março de 2013



Sentado, parado, distante.
Ora perdido nos textos
Ponto, vírgula, falta de espaço.
Ora a deriva da brisa concisa que
                          [brota da testa e desmancha na parede branca]
Sentado, fixo, indubitavelmente distante
Pontas dos dedos travadas
Garganta tatuada pelo pó coado
                          [rasga, aquece o peito, sobe a mente]
Relógio tiquetaqueando...
Ah, a eterna batalha!
“Psychologiche par rapport Chronologique”
Sem escudo, sem espada, sem drama...
Só eu vejo, só eu sei! Aqui onde estou:
Sentado, parado, vidrado.
Mundo artificial, digital, inseguro, transponível.
Shhhhh... um pouco de imaginação
Venha musa, mulher máxima de juras de amor a inspiração.
Quiçá, por agora, mais uma linha.
Espada dantes içada, agora bainha.
Pensamentos em forma de uma senóide transtornada
Estas cristas e vales dos meus mares de morros,
Meu terreno fértil que falta água...
Faz jus ao cenário inquieto de um tumor
Silêncio...
Paciência...
Duas pedras se batem com força. Estalo!
Faísca forte que estronda a explosão.
Shhhhh... um pouco de imaginação
Venha musa, mulher máxima de juras de amor a inspiração.


(Lucas Guimarães Amâncio)

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