Existe um incomum contido em
seu canto
Algo além do
possível, imprevisível em sua cinza juventude
Na atitude de sua
ousadia em um combate amarelo
Tinto é o prazer de sua
presença – de vinho!
Quase que gasosa a
sutileza em seu pranto.
Nas armadilhas dos
desencontros há sempre algo mais que fica
E permanece... no
amanhecer a lua meticulosa,
some e reaparece de
contos em contos!
Como se as caravelas
direcionassem os ventos
- de nossos caminhos
e outros tantos –
em um sublime magnetismo espaço temporal.
Antes do
inexplicável e intransponível grito
A terra tem seu canarinho
e o canarinho almeja a terra
O passo adiante segue
as diretrizes gravitacionais nos ares, convencionais.
Confiante, canário,
confia às incertezas no território que ocupa
Bandos sociáveis insaciados pela sua elegância; em
destaque
Na jaula as suas palavras... o som de "Pássaro de
Bom Canto"
Existe uma alma que vibra
e sente aconchego em sua gaiola
Mesmo se impossível
voar, reafirma valentia destemida
Enfrenta os acordes
da vida... donde fluem os sonhos
E que permanecem
imersas em duvidas ocasionais
Dispersas ao acaso nas
cantigas de liberdade...
O mundo é um pequeno
moinho de possíveis cenários:
Canário-da-Terra!!!
(Iberê Martí)
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