sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Depois de cinzas

O céu entumecido ofusca
a pedreira morta. Minha visão!
Calor e fumaça, me embriago.
Nenhuma árvore plantada...



Lento o inferno foi implantado
na Terra. Montanhas em chamas.
Vidas secas. Devaneios e pessoas
correm. Fotografias assustadas!


As vozes videntes incomodam
(Mudos aos avisos necessários)
Os homens sérios lavam carros e,
Ignoram as mulheres e o amor.


O computador evitou o contato.
Dos poderosos com os pobres,
Fedorentos suores que erguem
- as muralhas e bastilhas de medo.



Meu último ato, terei eu coragem?
É isso que a vida quer, ousadia...
Calar silêncio, derradeira mensagem:
- sorte tens, que as cinzam não falam!




(Iberê Martí) 

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