quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Travessia


É a andança, o destempero
Um vespeiro de intemperanças
Das Ignorãças de Manuel
Ou Riobaldo e seu chapéu
Que no sertão, não se cansa
Da alma que não sacia
E que nos mostrou a real
Não está no começo ou no final
A real está na Travessia!

A alma é uma labareda
As estradas do meu sertão
Que cortam pelas veredas
Chegam no meu coração
Os olhos se enchem d'água
Ao ver mundo e paisagens
E descansar nas paragens
Nas viagens, numa canção
É povo, é cultura e arte
Que faz bem e que vicia
Não faz mal, faz é parte
Do caminho, da Travessia


(Stéphano Diniz)

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