Parei no
meio da encruzilhada,
olhando
pros quatro cantos do mundo.
Sem medo
de capeta, sem medo de estrada
Só um
coração vagabundo,
à prova
de chuva de águas passadas
e sem
relógio pra contar os segundos.
Quero me
embrenhar no mato,
gastando
só a sola do sapato.
Vento
forte rasgando feito canivete
Me perder
a norte-sul ou a leste-oeste.
Sentir o
gosto seco da poeira
misturado
com saliva pela boca inteira
Vou
fingir lucidez em cada gole de vinho
pois isso
não requer esforço mínimo.
Deixar o
nariz apontar o caminho
e a
cabeça, da alma, perder o domínio
Entender
que não fui feito pra ter ninho
que a
liberdade é maior que o raciocínio
(Lucas
Amâncio)
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