quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O canto da Cigarra



Chuva que vem repentina e bate na gente de alegria
Chuva que esparrama pelas ruas folhas, galhos e flor
Chuva entumece janelas de vidro, e abriga o silêncio
Chuva que umedece a alma, e nos embriaga de tédio
Chuva amiga, por ti os meus pássaros gorjeiam bossa!
Chuva que toma as árvores de encanto, e faz vida sorrir
Chuva que breca os homens; encharca as avenidas
Chuva monótona enfurecida, que transborda bueiros e ruas
Chuva que carrega o progresso pro seu lugar, pra lama
Chuva que para o tempo, e joga a rotina na disritmia!
Chuva tu é castigo? Doce pecado, reluzente esperança
Chuva é fonte e foz. Perfuma a terra e essas vidas secas
Chuva de cândida beleza. Rebelde, que representa a força
Chuva que é semente e espinho, disso tudo que há, Natureza...


Iberê Martí 

Nenhum comentário:

Postar um comentário