sexta-feira, 5 de junho de 2015

Graxeira

A cor
dar flor
de teu
Sono fundo
Meni-na do “rock”
Nossa gera
Ação
Pulsa cala
Na cozinha
Na feira
Per fuma
Oh, flor sem che iro
Se os deuses soube sem
Da tua beleza
Triste seria
A estética.
Careta
Carente
Mas o teu gosto
Eu gosto é de gente
De suor e de pele
De calos e gira sol
De gente humilde
De simpli cidade
Ah, quanta sal dade
De olhos pujante
De fala mansa
De sorriso de canto
de boca, de santo
Oh, flor do sertão
Meu manda caru
Ama-nhece meu peito
Me (pre)enche de manha
trans borda luz,
irra Dia, abelha rainha
E enfrenta o sol
Resiste e brota, (re)nasce
És água de fonte,
divi-na vida, mel
des ponta colme ia
ara-nha, me tece
tua teia, engendra
(a)pronta a flor,
que sem cheiro
é dor e és pinho
mas tu também é caminho
teu nome é Graxeira!

(Iberê Martí)

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