segunda-feira, 18 de maio de 2015

Os cacos do Caos



Ah, o lago morno
que se torna a vida
Água parada, no fundo
o lodo. Os pés atolados
Respira ar de pântano.
Mas uma dia ponteia
Maré de lua cheia, turbulência
Já não tem certeza,
Pensa. Pensa o que compensa.
Só lhe resta há dúvida?
Vai pra longe, onde? Mas foge
do juízo. Os olhos distantes
(vistas de querer covarde)
Digas Quem És Tu, e
porque o coração invade?
Os pensamentos fervem
É hora de partir?
Para algum lugar
Pra um lugar qualquer
Pra esquecer quem arranhou
Pra se perder da dúvida
Pra não pagar a dívida
E aquecer a dádiva...
Sem saber de saudade,
do que não revelou,
omitiu. E veste nova cara.
Mas vai, sem muita pressa
Vai, voa feito uma azulona
que leve evapora
Dê jeito aos pensamentos
que se não são seus,
melhor é ir embora.


(Iberê Martí)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Mata Urbana (Agroecologia)



Um antigo e lúdico sonho piloto
Aperta o peito jovens marotos
Surge assim, livre de garantia
Nossa Palavra é pratica e teoria,
assinatura é aperto de mão...

Tecer o futuro, uma teia holística
Nadar contra as leis casuísticas
Lançar a semente, irrigar o concreto
Cativar plantação no meio do deserto
Agroecossistemas pra cultivar imensidão

Desierarquizar prédios, verde rede social
Construir valores novos, fugir do banal
Aprender ecologia dentro das profundezas
Respeitar diferenças, amar a Natureza
Biodiversidade conceber: frutos da cooperação

Integrar os elos e conceitos perdidos
Acreditar na vida, acreditar no indivíduo
Lutar por um mundo muito mais criativo
Inflamar a garganta, em grito positivo
Esquecer mágoas, praticar solução

Interagir com as demarcadas trincheiras
Dinamizar cultura, modificar a maneira
Experimentar linhas tortas na Agroecologia
Beber na fonte das águas: nova luz, novo dia
Mata Urbana, o ecocentrismo é nossa visão...


Alternativa, sociedade!


(Iberê Martí)