sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Rascunho do amar


 Porque eu escrevo textos
que ela nunca lerá...
Porque eu frequento botecos e lugares
onde ela nunca estará...
Porque eu me preocupo com as causas
que ela jamais se importará...
Porque eu tenho as ideias
que ela nunca entenderá...
Porque eu dormindo faço planos
que ela nunca saberá...
Porque eu grito canções na garganta
que ela nunca escutará...
Porque eu rabisco poemas em papeis
que nela nunca tocará...
Porque meu coração de tolo saltita,
em uma região geopolítica, que jamais existirá...

Porque o amor é latifúndio.
E o amar é criar “azas”,

e voar....

(Iberê Martí) 

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