terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Caravelas


Uma construção de uma ponte que nunca acaba
Uma escada que nunca chega no ultimo andar
Sou duas pernas, mas só uma serve para andar
A queda de um precipício que não chega ao chão
Eu me sinto na entressafra da minha geração
Eu sou a porta que só leva ao caminho errado
Se fosse a margem de um rio, seria o outro lado
Onde há morte eu sou vida, se há vida eu sou nada
Onde há terra, sou água, se há casa eu sou estrada
Sou um explorador, eu sou Cristóvão Colombo,
Que logo depois de descobrir a América
De chegar em terra, em suas caravelas
Voltou ao seu navio, ergueu as velas
E foi descobrir outro lugar


(Stéphano Diniz)

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