quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Terras das Carambolas


Se a alma pouco encanta
Nos olhos de ninguém vejo,
Árvore, utopia ou planta...
Lágrimas com gosto de beijo

Moro na Terra das Carambolas
Um planeta muito distante
Muito longe desta aldeola,
Marte é vermelho, irradiante

Se faço um corte perpendicular
Uma estrela brilha no céu,
reflexo único e cintilar
Um ensejo cúmplice do léu

Mas se a lâmina é paralela,
Rabisco em forma de lua
Um desenho livre de tutela
A minha casa é a rua...

Habito a mansão dos poetas
Poeira do cosmos, sou quimera
Se lhe engano pseudo profeta,
Almejo e sonho com a Primavera


(Iberê Martí)

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