quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A VERDADE


Nunca se calam, Aqueles
Mesmo de frente pra bala
Que corta o corpo e a fala
Na tumba da mentira...

Nunca se calam, Eles
Mesmo de olhos pra morte
Choram as mães e filhos, má Sorte
Nas mãos sujas do opressor...

Nunca se calam, Elas
E no esperma se lavam
Os machos que ansiavam,
O ventre de outra adentrar

Nunca se cala, o Povo
Lei, a Justiça da mordaça
Na cortina de fumaça,
As línguas eternas do fuxico!


(Iberê Martí)

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