sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Eu sou este mar sem porto


Eu sou este mar sem porto

Navegando junto ao vento,

Na direção da encruzilhada do acaso,

No sentido avesso estrada,

Caminho pro espaço sem tempo...

 

Eu sou este ser sem ambição

Não aprisiono amigos,

Não mumifico amores,

Não proíbo amantes,

Não gosto da rotina...

 

Eu sou este poema largado

Sou íntimo da Liberdade,

Minhas palavras eu invento,

Cultivo um jardim na imaginação,

E tenho preguiça das pedras...

 

Como pode? Criar raízes no concreto

Já não é árvore, tampouco homem

Tens sede, sente fome, calor e frio

E consome o derradeiro suspiro...

 

Depois oxida!
 
(Iberê Martí)

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