Eu sou este mar sem
porto
Navegando junto ao vento,
Na direção da encruzilhada
do acaso,
No sentido avesso
estrada,
Caminho pro espaço sem
tempo...
Eu sou este ser sem
ambição
Não aprisiono amigos,
Não mumifico amores,
Não proíbo amantes,
Não gosto da rotina...
Eu sou este poema largado
Sou íntimo da Liberdade,
Minhas palavras eu
invento,
Cultivo um jardim na
imaginação,
E tenho preguiça das
pedras...
Como pode? Criar raízes
no concreto
Já não é árvore, tampouco
homem
Tens sede, sente fome,
calor e frio
E consome o derradeiro
suspiro...
Depois oxida!
(Iberê Martí)
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