terça-feira, 21 de outubro de 2014

A alma de poeta


A alma de poeta é uma janela inquieta

Uma porta [entre] aberta

É um muro de jardim, ou um som de bandolim

Um poeta não prescreve. Descontrói e joga fora

Não tem receita seu abrigo

Tampouco mapa sua estrada

É um peregrino, com olhar de infância

É carinho de criança, indefinido por essência

Amorfo aos estereótipos do mundo

Ele é cego de conceitos, e vazio de razão

Rio de veia artéria, coração que transborda e invade

Um poeta é saudade, e antes de tudo alegria

A alma do poeta é dos pobres, é água polindo pedra!
 
(Iberê Martí)

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