quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Outra Galáxia


 

Meu destinatário é um endereço antigo

Meu remetente é um espaço confuso

Vivo ao contrário, ao que meu “eu” pertence

Tenho predição em tropeçar no difuso

 

Vou navegar até encontrar,

um lugar ocupado pelo imaginário:

Aonde o Mau não seja obrigatório;

Aonde o Bem não seja necessário...

E há dialética da Existência, um caminhar tranquilo!

 

Carrego muitas mentes sob minhas asas,

Algumas que sonham, outras ao contrário

Umas perambulam sem um rumo certo,

Existem Arquitetos, e também Salafrários

 

Vou navegar até encontrar,

um lugar ocupado pelo imaginário:

Aonde o Mau não seja obrigatório;

Aonde o Bem não seja necessário...

E há dialética da Existência, um porto seguro

 

Tenho muito apreço aos que vão sem pressa

Mas não desmereço aos correm sempre,

E caem, escorregam no mesmo itinerário

Abrigo maldito, ladrilho da indiferença

 

Vou navegar até encontrar,

um lugar ocupado pelo Imaginário:

Aonde o Mau não seja obrigatório;

Aonde o Bem não seja necessário...

E há dialética da Existência, um refúgio sem muro

 

Pessoas caminham rumo ao desnecessário

Vendem ilusões, e sonhos antes proibidos

Existem os proféticos como retardatários

Na vanguarda o povo, espera o prometido

 

Vou navegar até encontrar,

um lugar ocupado pelo Imaginário:

Aonde o Mau não seja obrigatório;

Aonde o Bem não seja necessário...

E há dialética da Existência, uma Consciência Nova

 

Cultivo latifúndios em meus pensamentos

Crio monocultivo com as minhas ideias

E trafego solitário sobre a existência

Se sinto carência, uso o que está na moda

 

Vou navegar até encontrar,

um lugar ocupado pelo Imaginário:

Aonde o Mau não seja obrigatório;

Aonde o Bem não seja necessário...

E há dialética da Existência, uma Utopia

 

Em Outra Galáxia...
 
(Iberê Martí)

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