Ipê que amarela o rosto de minha janela
Final
de agosto, arremessa se em setembro
Seco,
ludibria a fumaça e faz chama sem fogo
Afugenta
corações, transfigura o verde/cinza
Ipê tu floresce na serra, no sul, no pantanal, no sertão és um tolo
Em
um esforço sublime, lança as folhas ao leu
respira
por flores, respinga no néctar da divina paisagem
Há busca mais profunda pelas raízes de infância,
e no
abandono alcança a derradeira gota d’água...
Ipê
que incendeia nossas terras de esperança,
E
encanta até mesmo a "nobreza" dos homens sérios.
Ipê
amarelo que floresce em meio essa gente seca,
mesmo
sob chacota, desprezo, sarcasmo tu floresce
E
resplandece aos olhos de bestas que vestem terno
Ipê
branco, rosa, púrpura, lilás ou purpurina
Que
alimenta a Alma, semente de forma alada e pura
voa alto no vento, pra viver de encantar e florescer pra sobreviver...
E caminhar, caminhar e caminhar, que a vida é bela!
(Iberê Martí)
(Iberê Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário