terça-feira, 9 de setembro de 2014

Flor de Ipê


Ipê que amarela o rosto de minha janela
Final de agosto, arremessa se em setembro
Seco, ludibria a fumaça e faz chama sem fogo
Afugenta corações, transfigura o verde/cinza
Ipê tu floresce na serra, no sul, no pantanal, no sertão és um tolo
Em um esforço sublime, lança as folhas ao leu
respira por flores, respinga no néctar da divina paisagem
Há busca mais profunda pelas raízes de infância,
e no abandono alcança a derradeira gota d’água...
Ipê que incendeia nossas terras de esperança,
E encanta até mesmo a "nobreza" dos homens sérios.
Ipê amarelo que floresce em meio essa gente seca,
mesmo sob chacota, desprezo, sarcasmo tu floresce
E resplandece aos olhos de bestas que vestem terno
Ipê branco, rosa, púrpura, lilás ou purpurina
Que alimenta a Alma, semente de forma alada e pura
voa alto no vento, pra viver de encantar e florescer pra sobreviver...
E caminhar, caminhar e caminhar, que a vida é bela!

(Iberê Martí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário