Meu
coração é uma praça pública,
Propriedade
do povo...
De
faca cega, e fé sem mola
Meus
olhos não usam óculos escuros,
Somente
a luz me conforta.
As
fases da lua já não incomodam,
[meu
estado sem espirito]
Um
mar morto é meu humor.
Meu
coração é uma praça pública,
Propriedade
do povo...
E
quer sorrir ao lado do mágico,
Do
artesão, da dançarina, do velho banguela.
Daquele
cinza virtual imitando um robô,
[e
entregando flores as moças]
Das
crianças correndo, ou do andarilho
A
feira do improviso, de gente sem pressa
Meu
coração é uma praça pública,
Propriedade
do povo...
Uma
praça que é uma imagem,
Que
remete aquelas pupilas verdes,
[cantarolando
Bob Dylan]
Até
mesmo em velórios...
Ela
jura, “o sonho não acabou”
No
calor tropical, no palco dos anjos
Meu
coração é uma praça pública
Propriedade
do povo...
Não
quero mais usar facas,
[nem
cortes com penas]
Vou
caminhar junto ao abandono
[nós,
que não querem ser donos de nada]
E
nunca mais pretendo ver aqueles lábios,
Mas
continuo ouvindo "I Want You"!!!
(Iberê
Martí)
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