De
Agosto à agosto
No
pó da estrada
Na
fuligem da cana
Sobre
a terra cansada,
O
homem reclama
Reza
e chora há Vida
Lágrimas
de sol à sol
Suor
pele ressecada
Mãos
riscos e marcas
Lida
calejada do Povo
Vão
emprenhando o chão
Benção
e chuva pro divino
Seca
de norte à norte
A
morte bate na porta
Na
boca rachada sorriso
Aviso
de sorte renovada
Migrante
segue o zunido,
O
Vento de nova enseada
Esperança
do dia à dia
Caminha
leve, devagar
No
altar fica a pressa
No
balcão deixa a prece
Sabedoria
do sertão,
Que
se é preciso navegar
(Iberê
Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário