domingo, 10 de agosto de 2014

Alvorada


 

Eu gosto é da coisa largada

Da arte, do improviso, da vida

Da amorfa gasosa e fragmentada

Eu gosto é do calor das pessoas

Da meretriz, da amante, da louca

Da feia, banguela e mal falada

Eu gosto é da madrugada

Da noite sem norte, sem rumo

Do sonho e do exagero da amada

Eu gosto é da Conversa Afinada

Do sono sonoro do violão

E da incerteza da estrada

Lá onde o sol nasce e se põe

Como as ideias que residem

No caminho eterno, Alvorada!

 

(Iberê Martí)

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