segunda-feira, 21 de julho de 2014

Peito Poente


 

Vá Menina, permita me seu

Atravesse a ponte de woodstock

Se improvise em meu coração

Sou metade Poeta, metade Plebeu

 

Vá Menina, feito civil em avião

Voo inocente, apagando em chamas

Batalha bastilha paixão, frio é o poder

O poderio bélico de seus lábios

 

Vá, postule me seu enigma

Menina as palavras e virgulas

Me engendrar no seu descaso

E me ninar no teu descanso

 

Vá Menina, há Vida e vento

É sopro e também despedida

E encontro, suspiro sufoco

Ancora de mar em movimento

 

Vá, ponha me venda na razão

Menina brinque de coisa sincera

Me enfeitice os olhos teus

E depois me cuspa na lama

 

Vá Menina, me lance à sorte

O norte de minha indiferença

Sentencie anjos e libélulas

Ávidos desejos de ciganas

 

Vá, segure em minhas mãos,

Menina de olhos de Atenas

Deixe o cinema (re)produzir

Um filme emberno, inacabado...

 

(Iberê Martí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário