Quando
eu em mim nada, vagar vazio
Uma
lâmina sem espada, olhar tardio
E
me acostumar com esse absurdo mundo moderno
Correr
pra algum lugar que escorregue desejos
De
joelhos fronte ao altar do consumo, que me consome
Um
produto efeito da máquina, engrenagem da fome
O
meu estomago frio deseja mil auroras, nenhuma Aura
Boreal,
materialista alvorada. A escada sobe em cada degrau
E
no mais alto, quando tu chega, e nada vê. Você está só.
A
caminhada é solitária nesta avenida.
Teu
controle é, caminha e só
Transgredir
o absoluto, para que o relativo se absolutize,
[nos
tons, nas cores, na cordas do relativismo]
Existir
sem nunca me encontrar, será minha sina...
Até
que as pedras rolem em outros sons.
Nada
que é exato me conforta
Nada
que é inato me convém
O
que seria tudo isso que gostaria de dizer, me esqueci
Meu
corpo no último gole, no copo da esquina
Quase
nada eu sei. E desconfio de quase tudo,
será
real... ou nada sei. Eu nado...
Eu
Nada!
(Iberê
Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário