Se me perco em mil e uma,
Convicções irreversíveis
Fatídico ponto de bifurcação
Equilíbrio perdido, graças a
Deus
Se fico sem chão, sem teto
A turbulência se manifesta
Em diversidade, beleza
Plena desordem viva
Se caminho na corda bamba
O caos não probabilístico
Há flecha do tempo apontada
Em dois gumes, imprevisíveis
Se quando se toca e reage
Outro vulcão adormecido
Tuas redes neurais instáveis,
Não lineares no espaço
Se encontra enquanto se
perde
E se encanta com a riqueza
Metamorfoses químicas aleatórias
Fronte a criatividade da
natureza
Se sente falta dos livros,
que esqueceu de ler
E dos poemas que deixou,
Escritos na teia das ideias
Se autua a criatividade
E se acomoda no normal
Explica pelos olhos alheios,
Tu visão é apenas moral
Se lhe conforta uma ciência
Pequena janela, e o universo?
Se auto organiza na entropia
O tempo passa, você padece
Se tua rede não germinou,
Tampouco sabe se morreu
Tua semente não perpetuou
A cabeça rola e então vê
“O EU é um outro”
(Iberê Martí)
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