Vivo
em tempos de azar
Eu não
ganhei no bingo
Trabalhei
no domingo
E
até aquele mendigo
Já veio
me importunar
Então
fui parar num bar
E
sem pagar pelo caneco
Veio
o dono do boteco
Me
xingou de marreco
E
começou a me expulsar
Ouvi
uma sirene berrar
A
polícia me levou preso
Com
ar de menosprezo
E
nem meu cigarro aceso
Me
deixaram pra fumar
Depois
da fiança pagar
Eu
perdi o meu emprego
A
sogra não dá sossego
E
até o meu chamego
Não
quer mais chamegar
Precisando
me acalmar
Perdi
a grana na loteria
Do
remédio pra azia
Que
o dotô da drogaria
Falou
pra mim tomar
Sem
mais nada esperar
Estou
na noite calada
Caminhando
pelo nada
Pensando
onde a estrada
Agora
vai me levar
Eu
paro, eu olho pro mar
Sinto
um vazio profundo
Sei
que sou um vagabundo
Não
tenho nada no mundo
Mas
tenho o brilho do luar
(Stéphano
Diniz)
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