Fragmento desbotada, sonha?
Uma noite confusa, sem fim
Madrugada, perfume indecifrável
Em meu rosto, ser risonho
Rabisco, rascunho rasgado
Este desejo interminável,
Um prazer imprescindível
Meu peito doce, salgado
Molhando madrugada, lençóis
Embaraço, oxitocina
cintilante
Debruças, debaixo cima braços
Entreguem ao mundo, e sóis
O sol nasce, e nos escurece
Noite desce de qualquer
maneira,
Resplandece, se torna
pequena
Diante o início, e já
amanhece
O passado volta ao seu
lugar,
Descompasso que se
desconhece
Um abraço, beijo sabor de
primeiro
Instante de quem, última
palavra rogar
(Iberê Martí)
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