quarta-feira, 25 de junho de 2014

Poema do fim


Eu sou assim, desse jeito

Um Sujeito sem graça e

Sem jeito.

Eu não quero morrer

E não espero matar

Não me pressas prometer

Nem me convencer a ficar.

Eu não sou de vencer,

Tão pouco dou asas,

Ao azar.

 

Eu sou assim, sem segredo
Às vezes fico azedo,

E me enveredo com o Medo.

Fazer o que, se sou assim?

Carrego na ponta do pé,

O meu coração...

Faço gol de bico ou tropeço

[caio, de cara, levanto]

Vou assim da minha maneira

Sem média, levanto poeira

E assopro no vento o encanto

 

Eu sou assim, sem fim nem começo

Ao avesso, me despeço em reticências

E me arremesso pra continuar!

 

(Iberê Martí)

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