Vida
difícil, difícil vida
Tantos
tentos, tento tanto
Com
meus olhos, desencanto
Tudo
é tão normal, e real
Agora,
e sempre... aurora
A
carne é para o carnaval
O
vinho é pra esquecer
A
lucidez pra enlouquecer
O
sangue pra beber...
Bêbados
e insanos, vampiros
Caminhos.
Janelas, portas
Postes
na rua iluminada
A
escuridão na calçada
A
sombra no escuro...
A
vida é um muro,
Pichado
à grafite.
Eu,
que tenho respirado
E
sequer sei se existe
Uma
outra encruzilhada,
Uma
bela, outra amada
Algum
motivo pra existir?
Nada
faz sentido, mais
Meu
coração nem pula, mais
Nenhuma
novidade satisfaz,
Estou
velho ao fugir,
Dos
vinte e sete...e,
No
último segundo
Traga
um gole,
Acenda
um cigarro
Se
espelhe na fumaça
E
volte pra casa!
(Iberê
Martí)
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