Me desculpe eu escritor
Deixei a pena de lado
A tinta secar
O papel se empoeirar
Larguei tudo na mesa
Embaixo dos classificados rabiscados
Me desculpe eu boêmio
O violão está guardado
As cifras inacabadas
As cordas desafinaram
Me desculpe moça da janela
Há tempos não passo pra deixar meu galanteio
Perdão dono do bar
Hoje ainda passo pra fazer jus ao meu nome na caderneta
Me desculpe eu andarilho
O couro da bota ressecou
O do pé afinou
Troquei a mochila pela maleta
Mas já vou destrocar
Na maleta não cabem meus sonhos
Falando nisso
Você, eu lunar
Hora de acordar
A tempestade está acabando
Temos muitos eus pra atender
Mas só depois de ver esse sol se pôr
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