segunda-feira, 12 de maio de 2014

Futebol

 

O lançamento nem sempre é preciso.

É preciso tem imagem de gente,

Transbordar a palavra amor de carinho.

Se não a gente vira pau seco,

Destes déspotas que tudo crítica.

Como é fácil criticar... se não está satisfeito

Pegue suas chuteiras e vá pisar outras gramas.

As regras do jogo nem sempre são óbvias,

Mas são regras. Réguas iguais para todos?

Não sou mais tão inocente.

Mas o futebol me quer, eu quero o futebol

Justamente por ser precisamente impreciso,

O passe de letra, o gol de bico, o calcanhar,

E sim, a Arte do improviso...

Improvisem, improvisem bastante nesta copa.

O brasil é bem mais que o país do futebol

Aqui também é lugar de um povo esquecido, largado

Ao descaso, ao abandono, e se falam em bolsa

As famílias brilham olhos, foi tudo que a história

E o estado lhe deu. Bolsas...

Aqui também é o país dos que mandam longe do domínio,

E o países de uma burguesia míope e atrasada...

O país de uma classe média medíocre e ignorante.

E um país cheio de países... e juízes, e legisladores

Burocratas, catórialistas, diplomatas, magnatas, aristocratas...

E um país sem professores...

Mas eu digo ao senhores, eu quero jogar...

Quero entrar em campo,

Não como um medíocre que reproduz a exploração.

Quero entrar em campo descalço...

(Igualzinho quando jogava no chão de cascalho)

Quero entrar em campo sem medo...

(sem latifúndios e sem segredos)

Quero entrar em campo pra perder...

(pra nunca alimentar meu ego de vencedor)

Quero apenas e somente entrar em campo...

Pois desde que, meu joelho me deixou

O travesseiro me acompanha em cada sonho...

Cada pesadelo.... e neles sempre presentes,

O estimulo do desespero...

Tu não pode sair do Abandono e correr o risco de esquecer,

De omitir que os seus, continuam lá abandonados.

 

(Iberê Martí)

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