O espirito
da vida só pode,
Ser compreendido
pela poesia.
(A
arte do acaso não cabe, nem em sonhos, em olhos céticos.)
O vento,
dispersor natural, veio e me confidenciou uma vez:
Um grão
de pólen aterrissou em minha existência.
Fiquei
assustado com o gosto úmido, ovário do conhecimento
Senti
minha fisiologia metamorfoseando embrião e fontes químicas.
(O tegumento
do endosperma, em razão da minha insignificância materna)
Rezei
meu terço, em trindade. Me eximindo existência, Deus.
Fiquei
preso eternamente ao ovo da vida. Resisti.
Meus
cotilédones se antenaram. Eis o eixo embrionário
Seus
haustórios, suas reservas e nossa divina proteção.
Plantei
minha plântula. Dispersei meus vícios e meios,
(Os dormentes,
os latentes e os recalcitrantes)
Fotossintetizei
em fotoblastimo positivo e negativo.
Germinou
em meu coração, bendita evolução!
(Iberê
Martí)
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