Democracia ainda na infância
Privatizou o “partido”, o
seu coração.
Quando direita, “direto”
criança
Esquerdalizou, e perdiu
perdão
Ainda vaga, na vaga dum
teorema
Todos sonhando uma resolução,
Uma lei que enquadre o Sistema
Que cante poema, amor de
irmão
Se o Poder governasse
sozinho
Seria o Caminho na contramão.
Privatiza roda, que roda
moinho
E prega os rumos da servidão
Há tempos derrubaram o muro
E a história sobrevive de
contradição?
Privatizar tiro certo; é
tiro no escuro
Competindo, inocente profusão
Ainda bem, que o povo não
tem,
Há pólvora que alimenta canhão.
Privatiza por “graça”, o
trilho do trem
Desgovernado que vem, em
nossa direção
Eu compreendesse essa mania
de bobo
Privatiza que o Errado é
outro, o pagão!
Acorda pro mundo, quem gira
a globo?
A Carta mima manga, e está
com “platão”
Não peço pressa, nem meço
clemência
Não tem desavença, é só
ilusão.
Os fatos deixam, no rastro
evidência
Privatiza ideais, morre imaginação
A quanto tempo o poeta dizia
Sem Ideologia não há solução.
Privatiza palavra, e a prática
perdia
Talvez um dia, surja outra
versão
Não tenho tempo, pra gente
careta
Não penso em capeta, livre
de opinião.
O mundo dos cegos é uma gaveta
Oval, feia e úmida; como
toda prisão!
(José Tamuya)
Nenhum comentário:
Postar um comentário