sexta-feira, 11 de abril de 2014

Oxigena de Rapel


 
Esqueci certa vez meu silêncio
Desci leve, feito sopro de rapé.
(Pelas narinas.)
As palavras caídas aparadas em cordas
Ficaram presas na garganta,
Na ponta da língua.
(Meu choro não te quer)
Nenhum amigo poeta por perto
- o Silêncio é maior, zomba de minha cara -
Me engole sua índole inocente.
A garganta seca. Entupida de palavras,
Caídas, recaídas, recalcadas, retraídas, encurraladas.
Oxigênio correm lágrimas, és o sopro da VIDA.
Água, Terra, Ar, veja o fogo fez se em voz
Destas que eu escuto,
No escrutínio do dia a dia.
A surpresa me agarrou de interjeição
Meu coração feito bobo, alardeou.
VIDA e teu jeito de menina?
Está estranha mistura,
Me encanta, me fascina.
Lagrimas de meu soluço
Cato o lenço no chão
- peço favor a um mendigo ou andarilho –
E continuo a cair.
Quando me arremesso em outras gramáticas
Fico tonto... de bar em bar
De boca em boca...
Falas roucas, falas loucas.
Prontas e inacabadas. Acabadas.
Minha Mente mente não,
(Está danada não me engana.)
Tenho outro desafio, por um fio sigo seguindo
Me alimentando do mesmo oxigênio que enferruja,
A máquina velha (maquiavélica), cansada de minha engrenagem
 
 Gera Eu, só!
 
(Iberê Martí)

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