Esqueci certa vez meu
silêncio
Desci leve, feito sopro de
rapé.
(Pelas narinas.)
As palavras caídas aparadas
em cordas
Ficaram presas na garganta,
Na ponta da língua.
(Meu choro não te quer)
Nenhum amigo poeta por perto
- o Silêncio é maior, zomba
de minha cara -
Me engole sua índole inocente.
A garganta seca. Entupida de
palavras,
Caídas, recaídas, recalcadas,
retraídas, encurraladas.
Oxigênio correm lágrimas, és
o sopro da VIDA.
Água, Terra, Ar, veja o fogo
fez se em voz
Destas que eu escuto,
No escrutínio do dia a dia.
A surpresa me agarrou de
interjeição
Meu coração feito bobo, alardeou.
VIDA e teu jeito de menina?
Está estranha mistura,
Me encanta, me fascina.
Lagrimas de meu soluço
Cato o lenço no chão
- peço favor a um mendigo ou
andarilho –
E continuo a cair.
Quando me arremesso em
outras gramáticas
Fico tonto... de bar em bar
De boca em boca...
Falas roucas, falas loucas.
Prontas e inacabadas.
Acabadas.
Minha Mente mente não,
(Está danada não me engana.)
Tenho outro desafio, por um
fio sigo seguindo
Me alimentando do mesmo oxigênio
que enferruja,
A máquina velha (maquiavélica),
cansada de minha engrenagem
Gera Eu, só!
(Iberê Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário