sexta-feira, 18 de abril de 2014

Josué de Castro


 

Nascido no Pernambuco

Terra dos canaviais

No meio de um povo matuto

Caracóis e manguezais

 

Josué nesta terra cresceu

Criado ao lado da fome

Josué não entendeu

O povo não tinha nome!

 

Depois foi pra capital

Estudar, tornar doutor

Nunca esqueceu do mal

Funestos olhos do trabalhador

 

Josué foi esposo e amante

Do Povo que o viu nascer

Para ele o mais importante

O Alimento, ter o que comer

 

Foi nessas terras tupiniquins

Que Malthus foi derrotado

Convocaram O Pasquim

Para os olhos do injustificado

 

Pois a fome não é natural

É um problema dos homens

O Poder abraça o banal

Seleciona os que mais consomem

 

Agora o mundo inteiro sabe

A miséria é social

Na terra que tudo cabe

A fome não é casual

 

Foi então presidente da FAO

Sua terra não (re)conhece.

Um homem e um Ideal

A História nunca esquece

 

Josué tua causa é eterna

Nossa luta tem codinome

Josué nossa casa materna

Ainda sofre o problema da fome

 

Por estes rios sem história

Diligentes da histeria

Burguesia sem memória

O Vento ecoa um Novo Dia

 

Aonde os desiguais

Tenha igualdade de condições

O Vento trás os sinais

O Tempo faz as revoluções!

 

 

(Iberê Martí)

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