Um
dia eu vou chutar de canela
Zagueiro
na final em terra batida
Com
a humildade eu farei tabela
Lançar
pra fora essa ilusão desmedida
Meu
coração não tem dom de empregado
Que
pública, nem república, que nada
Meu espírito é funcionário sem patrão
E
caminha sempre de alma renovada
Um dia
eu convidar os meus amigos
E
ela que escreve belos poemas
Pra viver
uma vida de perigos
Nossas
veias terão vivacidade de floema
Uma
chaleira, um lençol aos quatro ventos
Cantar
que deus não é mau ou vingador
Que o
mundo não é feito de lamento
Mandar
pra lua esta pose de doutor
Um dia
vou dá lhe na riqueza de caneta
Por entre
os créditos deste mundo de cartão
Partir
pra praia, meu pobre casulo será rede
Matar
a sede sem necessidade de padrão
Em
resumo, mandar ao escambau o tal consumo
A
simplicidade será minha fonte, e inspiração
Partir
sem medo, sem caminho e sem rumo
Livre
de rédeas, e dono do meu coração!
(Iberê
Martí)
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