Na
briga de enxada
Camponês
trabalha e canta
Brilham os olhos da amada
O patrão, incomodado, se levanta
Ferramentas
batem no ar,
E encontram
se compassadas.
O
sertanejo trabalha,
com
o seu coração
Tem
o que puxa a cantiga
E
não deixa parado ...
Mas
ele que anima
Pra
dar seguimento ao roçado
Este
é o jongo de roça,
ritmo que semeia plantação
Esse
é o jogo do campesinato
Esta
é a dança do sertão
Ao
som do caxambu,
Faz a
tarefa em mutirão
Os
navios negreiros,
Não
sangraram a alegria
Deste
povo festeiro
Que no eito faz e ri
Festa,
festa, trabalha e dança
Em
um ritmo coletivo
Não
tem suor neste pleito,
Que
não seja por companheiros
Tenho
muito despeito,
por quem trabalha e não canta ...
e deixa
a vida sem jeito.
Garganta é o percursor, o sujeito
Que
agora chamam de Samba!
(Iberê Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário