quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Inebriar


 

Em pé no balcão do boteco, um trago um gole

Olhar para pessoas distantes na rua

Caminham as promessas que eu não fiz

As mentiras que eu deixei de contar

 

No balcão vendo a mesa vermelha

A cadeira desbotada e vazia

Penso nela, penso nelas

Um trago, um gole outro pensar

 

O atleta corre, o andarilho flutua

O mendigo pedinte, chato

Não tenho tempo pra outros

 

O picareta reclama da sorte

O corno reclama dos negócios

Outro porre, embriagado mundo!

 

(Iberê Martí)

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