Ontem
eu ganhei um presente
Um
livro com formato de borracha
Espelhei
não no formato, mas grudei na função
- Me
inspirei nas disfunções -
E
descobri que crescemos para virar pau-seco
Foi
quando de repente apaguei tudo
E
escrevi no muro: o senhor não é mais muro!
De
ontem em diante é uma crianças transfigurada em borboleta
Terás
asas e implodira o invisível
Terás
garras e abraçará o impossível
Terás
olhos para reverter o imprevisível
Terás
ouvidos para entender o incompreensível
Terás
mente de criança para pau-seco não apropriar-se de ti
Serás
o muro da liberdade!!
(Iberê
Martí)
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