quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

SOU MINHA CONTRADIÇÃO


Carrego o peso de saber o fluir da vida,
E de não consegui-lo experienciar
Ajo o contrário do que penso,
Sou livre, mas não consigo me libertar.

Sou a própria pedra no meu caminho,
A converter as águas em turbilhão,
Estando mergulhada em minhas feridas,
Demorei a perceber-me perdida em minha confusão.

Detenho o saber da leveza da caminhada,
Mas trago toneladas em meu ser,
Ainda não desprendi-me das falsas seguranças,
De tomar decisões como se fossem definições do meu viver.

Trago em minha mente a liberdade,
Mas em meu corpo carrego meu algoz,
Em minha vida o atuar não é fluido,
Ainda sou escrava em minhas ações.

(JOANA CAJAZEIRO)

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