Às vezes
sofro com saudades de casa
Aqui
foi? que meu barco encostou.
Atrás
de morros sinuosos e deste frio
-
aonde sinto profundo calor -
Às vezes
me perco em retratos passados,
[cachos
loiros e arredios de minha infância.]
Às vezes
me enxergo em retratos futuros,
O olhar
de cuidado e atenção que meu Mestre maior sempre teve
Às
vezes me projeto no sorriso ascendente, que brota da Semente
[Um
ser com ar inocente, transbordando Vida!]
Às vezes
me aprumo na retidão da senhora
[que me (re)pousou em seu ventre]
Às vezes
me resumo em meu contraponto,
E me
encontro em Palmares
Às
vezes eu desatino em águas, que escorrem pelos cílios,
afora perfazendo minhas (des)impressões face.
Às vezes
eu me vasculho por dentro
E acho
na secura do sertão de meu povo
Um voraz
apetite por Vida!
Às vezes
percebo que sem mesmo querer,
Havia
cultivado meu destino
Os vastos
horizontes de Minas Gerais!
(Iberê
Martí)
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