segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Minas sina


Às vezes sofro com saudades de casa
Aqui foi? que meu barco encostou.
Atrás de morros sinuosos e deste frio
- aonde sinto profundo calor -
Às vezes me perco em retratos passados,
[cachos loiros e arredios de minha infância.]
Às vezes me enxergo em retratos futuros,
O olhar de cuidado e atenção que meu Mestre maior sempre teve
Às vezes me projeto no sorriso ascendente, que brota da Semente
[Um ser com ar inocente, transbordando Vida!]
Às vezes me aprumo na retidão da senhora
                                           [que me (re)pousou em seu ventre]
Às vezes me resumo em meu contraponto,
E me encontro em Palmares
Às vezes eu desatino em águas, que escorrem pelos cílios,
 afora perfazendo minhas (des)impressões face.
Às vezes eu me vasculho por dentro
E acho na secura do sertão de meu povo
Um voraz apetite por Vida!
Às vezes percebo que sem mesmo querer,
Havia cultivado meu destino
Os vastos horizontes de Minas Gerais!


(Iberê Martí)

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