Passos,
passos
Firmes
Sobre
a areia
Iara
Tua
ceia
Incendeia
Corpos
e copos
E
seus desejos...
Passos
lentos
Compassados
Nariz
empinado
Olhar
Lua Cheia
Brilho
castanho
Margeia
retinas
Atina,
Meiga
menina
Guerreira
enfeitada
Se
pinta,
com
tinta
(jenipapo,
urucum)
Bochechas
e roxas
Fala
rouca
Conversa
com árvores,
perdida
Iara
destemida
Tu
ensaia
De
saia,
[leve
encanto das índias]
E
sai pra outro
Mundo
Deixa
o peito
Moribundo
Atiça
artéria
E a
veia
Vasos
de barro
Pote
sanguíneo
Iara
sereia
Índia
pele
branca
Sangue
vermelho
No
espelho
Se
blinda
Tu
nem traz a resposta
Já invoca
a pergunta
Invocada
alheia
Deteriora
certezas
Está
é tua beleza
Agir
pressentir
(Sentir
por sentir)
Amante
das matas
Senhora
das águas
Atrai
e me cega
No
fundo do rio
Cego
homem,
animal
indefeso
Afoga
paixão
Tece
teia
Preso
ou presa?
Aldeia
tentadora
Emerge
do rio
Pisa
a terra
E de
longe...
Escapole,
foge escapa
Esperta
e atrevida
Oh,
iara querida
Sereia
da vida
Outra
real
- fantasia
folclore -
Em
minha mente,
Inventiva!
(Iberê
Martí)
Nenhum comentário:
Postar um comentário