terça-feira, 26 de novembro de 2013

Palavras ao vento


São só palavras ao vento
Banhadas por águas da chuva
Que numa corrente de frio
Veio soprar no Brasil
Aproveitou a noite sem lua
E o silêncio na floresta
Gritou um barulho de trovão
Com a força de um tsunami
A firmeza de um terremoto
E a violência de um furacão
E o grito agudo no peito
Silenciou terra e mar

Mas eis que pelas seis
a chuva deu uma trégua
E por trás do belo horizonte
De montanhas e serras azuis
Ouviu-se um pássaro cantar
As monções cessaram
Os terremotos pararam
O que era caos virou paz
A chuva saciou a cede
Da terra brotando uma flor
E de trás da mais alta serra
O radiante sol despontou


(Stéphano Diniz)

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