Me
procuro e me perco,
Difícil
me achar se nunca fui um,
Mistura
de dois foi em mim formada,
E agora
não sobrou nem dois, nem um...
Em meu
corpo há cacos e destroços,
Partes
que sofridamente tentam se juntar.
Toda vez
que é refeito o vaso,
Aparecem
logo pedaços fora do lugar...
Em meu
tempo, preciso ser eu agora,
Para
depois ser eu-nós e não nós-eu,
Para que
minha identidade não se vá embora,
E ninguém
se perca de seu próprio ser...
Sou o
antes e o depois da despedida,
Como o
tempo contado a partir de Jesus,
Antes
senti a mais viva e pura alegria,
E agora a
dor e o sofrimento da desilusão...
Nesse
tempo, de tudo aconteceu,
Você me
abandonou e eu me abandonei...
Agora
decidi renovar os votos do matrimônio,
Entre eu
mesma e o meu ser....
Decidi
não sofrer mais com tudo,
Me amar
em qualquer situação,
Serei pra
mim minha melhor companhia,
Ficarei
comigo seja o que for...
De tudo
isso, aprendi com a vida,
Que o
amor infinito e incondicional,
Só pode
ser prometido e cumprido por todos os dias,
Se for
dedicado ao nosso próprio coração...
(JOANA
CAJAZEIRO)
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