Quando
tudo passar
E a
gente avistar o sorrir
Alegria
voltar
E o
campo florir
Tudo
que enfrentar
Tudo
que sofri
Seja
o quanto sonhar
Vida
maior vou sentir
Beleza
que há
Vou
então descobrir
A
maldade do mundo
Mesmo
assim amanhecerei ao seu lado
Quando
tudo passar
A
gente voltar a cantar
Pássaro
que brilhar
Borboleta
seguir
A
retidão de seus conceitos
Prova
de suas palavras
Amargo
gosto,
Pros
incautos
Tudo
será
Tudo
permitir
Vamos
encontrar, vamos resistir
E
mesmo assim não direi tudo que compõe meu silêncio
Quando
tudo passar
O
mundo girar
Eu
aprender a lutar
Por
este velho caminhar
Por
entre brasa e varjão
Meu
coração vai saltar
Boca
de outro coração
Tudo
que ficará
Lembrança
e vastidão
O
calor de meu lar
Entardecer
com o calor do sertão
Mesmo
assim não sentirei tudo que poderia
Quanto
tudo passar
Quando
está febre baixar
Enfermidades,
e a gente juntar
Os
cacos pelo chão
Remontar
as forças
Orgulho
e solidão
Homem
quando chora
Estremece,
ilumina escuridão
E
aprender a cantar
Uma
nova canção
Este
frio cessar, minhas veias abertas
E
mesmo assim não agradecerei por tudo como deveria
Quando
tudo passar
Vou
reencontrar
Destino
em algum lugar
A Vida
terá um norte
Um
caminho
Um
sentido,
É um
sentimento, único
O
que será?
Amanhã
voltará
O
tempo, meus passos
Seus
passos ao teu lugar
Mesmo
assim suas pegadas serão eternas
Quando
tudo passar
A
semente germinar
O
legume plantar
Sua
aurora, nas curvas do rio Tapirapé
Há
encantar
A
janela de nosso lar
Eu
aprender a falar
Falar
de paixão
Inflama
a garganta este triste
Ascender
coração
Enquanto
tudo passará, um dia
Eu
só sei fazer poesia
Quando
tudo passar ...
(Iberê
Martí)
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