Meu
pescoço não respira...
O
vento inventado
o ar
me tira...
Meu
rosto no espelho
Eu
acho tão engraçado
Quem
é agora
Um
boneco fantasiado?
O
bem-te-vi, na arapuca, caiu
Trocou
o voo pelos grãos que conseguiu
O
bem-te-vi, na arapuca, caiu
Trocou
a liberdade pelo comodismo que pediu
A
pele se repele em alergia
Roupa
de festa
No
dia-a-dia
Minha
consciência testa
A
minha mentira...
Quem
caiu do cavalo
Em
plena montaria?
O
sabiá perdeu o equilíbrio
Trocou
o galho pelo concreto do edifício
O
sabiá perdeu o equilíbrio
Trocou
toda uma vida por falsos princípios
Na
boca, um gosto vazio
A
minha voz entalada
Nenhum
canto, nenhum pio...
Já
não vivo estrada
Em
meu caminho, não assobio
Quem
cala consente
Perde
a voz devido ao frio...
O
pardal foi atingido, engaiolado
Trocou
o ninho por um nó apertado
O
pardal foi atingido, engaiolado
Trocou
sua natureza por poucos metros quadrados
(Lucas
Amancio)
Nenhum comentário:
Postar um comentário