domingo, 22 de setembro de 2013

Pretérito

O calor sufocante
Já havia esquecido há
Tempos
As escamas, o sol escalda
A pele arredia
O dia e a noite
A lua escondida, os sinas de chuva
Venta antes (de onde sopram o Vento?)
As folhas voam, a brisa
Copas se entrelaçam, formam ruído constante
A água, em fim, cai e esvaí
Em silêncio monótono quebrado
Folhas, árvores e água
Uma orquestra
Ritmicamente descompassada
Quebra o silencio, o grilo
Canto ensaia
Quebra a escuridão o vaga-lume
Alumia
O vento, árvores, água e o canto
Refrescam lembranças
Imagens em retalhos perdidos
No tempo, no espaço, e molham
As Ideias.

Em Casa, no meio da floresta
A Chuva
Renasce (esquecimento de mim.)
Floresce no peito em
Pretérito perfeito

Em Casa a chuva,
Não molha ...
Irradia, ilumina
Sede de Vida!


(Iberê Martí)

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