quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Sonhos


Sonhos seres incômodos que invadem o nosso descanso
Atravancando nosso sono com suas fantasias e delírios
Tenho suspeito muito tempo, intrometidos
Que nos provocam com suas perguntas e histórias inacabadas.
Um vez, menino ainda, percebi que os sonhos fazem parte a Novidade
Ou, as vezes, reflexo nossos medos e temores...
Quantos sonharam com áreas do conhecimento a pouco exploradas?
Uma vez mesmo, em sonhos, estive fronte a moléculas e partículas fotoquímicas,
[ainda desconhecidas... flutuei em ligações simples e duplas]
Conversando com alcaloides, flavonoides, taninos e resinas resignadas
Estruturas oxidavam meu universo paralelo como nunca antes visto
És que havia descoberto a fabuloso mundo das partículas interplanetárias
Que nos compõem, essencialmente em óleos sólidos radiativos
Foi num susto, um breve relato que conversei com hidrogênio
[presente no peito, fundo]
Tinha sonhado com uma moça de vista, vestida calafrios
A Moça, mesmo a distância invadiu meus sonhos misteriosamente
Como nunca antes nas terras dos sonhos meus: desbravadora de mares?
Ela apareceu muda no silêncio, pois jamais ouvi sua voz...
[mas estava ali precisamente, Mística: quase bruxa]
Cavalgando passos imprecisos, e vislumbrada com sorrisos simbólicos
Eu como cético em marquise, participava fora,
Do lado avesso, meu próprio Sonho...
Quando acordei, sonâmbulo profundo tomou conta minha alma
És que o sonho havia relatado luz ao que meus olhos fizeram cego
Havia a oportunidade conhecer uma moça diferente, realmente
É escapuliu as minhas mãos, como todos os sonhos, inacabados
Evadiu pra embernar no infinito ares, embrenhar outros, Sonhos!!!


(Iberê Martí)

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