terça-feira, 16 de julho de 2013

Cadê as Bruxas...


Horizonte que vista, avista
Procuram imergir a conquista
Oceanos sonham as escondidas
Camuflam as almas reprimidas

Vassouras carreguem ao vento
Amaldiçoa, aprisiona outro relento
Rumo seguir? Qual a coordenada
Acompanhante a gargalhada

Pretérito imaginário sangrento
Apagamos a ideia e o movimento
Plantamos espinhos nas flores
Acorrentamos bordões, meros valores

Amores formulem nova rebeldia
Cigarras ciganas em cantoria
Desejos, poderes viril contento
Deserto frio, silencioso rebento

Saltimbancos de vossa magia
Vestes vestidos vasta alegoria
Visionárias, videntes da natureza
Amantes cândidas da pura pureza

Perdido em terra, céu e mar
Navegante idealista a navegar
Caminhando relva molhada
Jangada sem prumo, encruzilhada

Dolorosas e notórias fantasias
Acalentam o destempero dos dias
Nas cinzas as asas da inquisição
No peito pula, redime à exclamação

Aonde andam? Cadê as bruxas
Inocentes sorrisos e suas astúcias
Primavera ou em outra estação
Pra donde sopro meu coração!


(Iberê Martí)

Nenhum comentário:

Postar um comentário