sábado, 15 de junho de 2013


Criação veio malha, em um vazio rarefeito
Caiu um ser resmungão, nunca está satisfeito
Inventor deste tempo, e calha: pra tirar bom proveito
(mesurar, reprimir e moldar do seu jeito)
Medo vangloria o metralha, e esqueçam seu feito
Mal sabia o astuto. Somente quando surge o efeito
Na memória que falha: o Mistério perfeito.
Memória se fica quem seleciona é o Sujeito
Tentam calar a navalha. Buscam arrumar o defeito
Vai ficar de castigo, vai minguar no seu leito
Não há espaço que valha um viver sem direito
[nem no tempo justiça; nem no vento malfeito]
Se este fogo atrapalha, vamos falar em preceito
Água ardente esquece, faz do trabalho o Preito
Pode me abraçar a mortalha, mas eu nunca que aceito
- rabiscar teias no silêncio; guerras entre conceitos... -
Vou poetizar a batalha. Não existe tempo em meu peito!


José Tamuya

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