sábado, 22 de junho de 2013

             Escol

Flor jambo cor, cachos e traços de anjos
Auréola dourada cerca seu dom; fitar teu destino
Querubins carregam seus laços, garbo escol
Contidos ponteiros, desajuizados sorrisos
Covinhas caminham em suas graças, esplêndida
Perco meus olhos em seus passos incertos,
Passos firmes imprecisos, alçam voo em sua voz
Flutua em nuvens, vogar nos olhares que lança
Contida. Lóbulo perfumado: és néctar divino
Fragrância materna, diva essência sublime
Teu brio. Esse brilho simbólico, candura grega
Pose de sutil elegância, esbelta e destemida
Recear o cárcere, masmorra avidez
Escritura cravada na terra, gravura genuína,
[és o último sinal dos deuses e dos tempos]
Cálice da vida, abelha rainha, fera querida
Mensageira abstrata dos céus, fidedigna
Lábios sagrados: Letras dos serafins!

(Iberê Martí)

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