Andava,
Sem
mais o que fazer
De
repente, corri
Corri
pros braços
E
pro útero de minha mãe
Corri
pra segurança
E
pra casa do meu pai
Corri
da velhice
E da
caretice conservadora
Corri
do homem
Corri
da mulher
Corri
do mundo
Corri
de medo
do
que está por vir
Corri
do futuro
Corri
do tempo
Corri
do que está por vir
Corri
do que vi
Corri
da cegueira
Corri
dos monstros
Corri
dos fantasmas
Corri
do cachorro do vizinho
Corri
como num pesadelo
Corri,
corri, corri
Corri
de desespero
Corri
como quem corre
Da
própria morte
Eu
corri de mim
Eu
só estava com saudade
De
correr no pique esconde
De
correr no pique pega
De
correr no rouba bandeira
E de
correr no futebol
(Stéphano
Diniz)
Nenhum comentário:
Postar um comentário