O homem
que encontrou sobre o tesouro no fim do arco íris estava certo
O
problema reside na teoria da relatividade
O tesouro
não se aproxima de mim quando corro em sua direção
Mas
também não se afasta quando fujo dele
Da minha
posição ele vai sempre estar a vista e será pra sempre inalcançável
Tudo muda
quando os observadores chegam
Pra um eu
estou me aproximando
Outro vai
dizer que é o arco íris que vem na minha direção
Enquanto
fizer sol vou estar preso nessa brincadeira Einsteiniana de pega-pega
O
resultado é apenas um par de sapatos com a sola gasta
O sol se
põe e põe fim na corrida refracionária
Todos
dormem
O sol se
levanta, ao som de Dark Side of the Moon eu vejo o tesouro voltar
De novo
vejo o arco íris lá e eu cá imaginando meu tesouro e eu
Fico
parado até um observador em movimento gritar "Eu vejo seu tesouro
vindo"
A frequência
do meu coração varia do mesmo jeito que sua voz (a culpa é do Dopler, mas não
vou envolver ele nesse debate)
Lá se vai
outro bom par de sapatos
A culpa é
do Eintein.
(Mário
Paulo Alves Hennrichs)
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