terça-feira, 28 de maio de 2013


O homem que encontrou sobre o tesouro no fim do arco íris estava certo
O problema reside na teoria da relatividade
O tesouro não se aproxima de mim quando corro em sua direção
Mas também não se afasta quando fujo dele
Da minha posição ele vai sempre estar a vista e será pra sempre inalcançável
Tudo muda quando os observadores chegam
Pra um eu estou me aproximando
Outro vai dizer que é o arco íris que vem na minha direção
Enquanto fizer sol vou estar preso nessa brincadeira Einsteiniana de pega-pega
O resultado é apenas um par de sapatos com a sola gasta
O sol se põe e põe fim na corrida refracionária
Todos dormem
O sol se levanta, ao som de Dark Side of the Moon eu vejo o tesouro voltar
De novo vejo o arco íris lá e eu cá imaginando meu tesouro e eu
Fico parado até um observador em movimento gritar "Eu vejo seu tesouro vindo"
A frequência do meu coração varia do mesmo jeito que sua voz (a culpa é do Dopler, mas não vou envolver ele nesse debate)
Lá se vai outro bom par de sapatos
A culpa é do Eintein.




(Mário Paulo Alves Hennrichs)

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